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Dúvidas frequentes sobre terapia e psicanálise

 

Quem pode fazer terapia psicanalítica?

 

Pessoas que busquem autoconhecimento, capazes de se implicar na busca de sua verdade individual, visando desenvolver-se como ser humano, se apropriar de suas potencialidades e limites, bem como outros aspectos sobre si, até então desconhecidos de sua mente consciente.

 

Muito além do sintoma - que em geral é o incômodo que leva o paciente a buscar ajuda terapeutica - a psicanálise visa perceber quais as causas por trás do sintoma, tratando o indivídio mais profundamente.

 

A ética psicanalítica, entre outras coisas, torna a sessão um "espaço/momento" onde o paciente pode se expressar com liberdade, sem preocupações ou inibições, pois não há julgamentos, além do respeito à privacidade e sigilo absoluto sobre tudo o que paciente disser.

Qual a diferença entre psicanálise, psicologia e psiquiatria?

 

A psiquiatria é uma especialidade médica que trata patologias e transtornos mentais, tendo como foco o biológico, onde supoem-se que as químicas corporais possam estar em desequilíbrio e sejam a causa do sintoma incômodo. Na ótica psiquiátrica o objetivo é tratar a doença e que pode ser interpretada como o sintoma em si. O tratamento quase sempre faz uso de medicação para reduzir os sintomas mais sofriveis e ao mesmo tempo, recomenda-se psicoterapia ou psicanálise para buscar as causas do mal estar. A psiquiatria segue normas por orgãos regulamentados de cada estado e Nação: o CRM - Conselho Regional de Medicina e o CFM - Conselho Federal de Medicina.

 

Na psicologia, o profissional é formado como psicólogo(a). Existem diversas linhas da psicologia e, em geral, se fundamentam em observar a mente humana e seus pensamentos, emoções, sentimentos e reações diante da vida e da sociedade, ou seja, o objetivo é tratar o comportamento e a consciência que o paciente tem de si mesmo. A psicologia segue normas regulamentadas por órgãos de cada estado e Nação como CRP - Conselho Regional de Psicologia e o CFP - Conselho Federal de Psicologia.

 

psicanálise também estuda a mente humana, mas por uma ótica diferenciada, voltada ao inconsciente. O psicanalista faz formação em psicanálise, além de uma longa (e necessária) preparação através de estudos continuados, análise pessoal e supervisão, se apoiando no tripé fundamentado por Sigmund Freud.

Embora existam várias linhas psicanalíticas, em qualquer parte do mundo, as escolas de psicanálise confiáveis e de boa qualidade seguem a Ética Psicanalítica. Tal Ética não é filiada a órgãos reguladores, nem normas governamentais ou de interesse de um determinado Estado. 

A psicanálise segue a Ética Psicanalítica Internacional e seu objetivo é tratar a pessoa em sua singularidade, ou seja, em suas particularidades e amplitudes, que a tornam uma pessoa única.

O que é o inconsciente? 

 

Em uma definição simplificada, podemos dizer que é uma parte da mente mais ampla, onde estão registradas todas as emoções, sensações e lembranças de acontecimentos, tenham sido eles vivenciados, imaginados ou sentidos, mas que foram esquecidos e encontram-se inacessíveis pela consciência.

 

No inconsciente estão as informações sobre como nos constituímos como pessoa. Tudo que nos torna quem somos (o modo como sentimos, como reagimos aos acontecimentos, do que gostamos ou não, do que temos medo, o que desejamos, como nos relacionamos, etc) tudo isso se estruturou desde a gestaçao, até o início da vida adulta, a partir de sensações, emoções, sentimentos, sons, pensamentos e memórias, que foram dando "contorno" à nossa percepção do mundo e de nós mesmos. 

 

Também estão guardados no inconsciente os conteúdos ("memórias" e "marcas" resultantes) de fatos traumáticos, que podem ter origem, por exemplo, em acontecimentos dolorosos ou sentimentos negativos que a consciência não pôde suportar e que foram então recalcados (escondidos) no inconsciente. Embora estejam "guardados" no inconsciente, esses conteúdos são tão fortes que governam nossos sentimentos e conduzem nossos pensamentos e comportamentos, sem que saibamos como, nem porque. 

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Como o inconsciente fala sobre nós mesmos?

 

O inconsciente fala de forma indireta e insistente: nas entrelinhas da comunicação, na forma de lidar com as situações, na personalidade, no comportamentos e até em nosso corpo físico, seja pela aparência que tentamos demonstrar, seja pelas doenças que podemos somatizar. 

Um exemplo de como o inconsciente se mostra é através das repetições em que nos deparamos em nossas vidas, como relacionamentos e situações que parecem seguir um padrão.

 

Sabe aquele tipo de relacionamento que, em teoria te desagrada, mas que, por alguma razão, você acaba sempre se envolvendo com o mesmo perfil? Ou acaba vivendo a mesma situação, dentro de relacionamentos diversos? Ou aquelas pessoas com comportamentos dos quais você reclama, mas que acaba encontrando (o mesmo perfil) em todos os lugares em que frequenta, como se atraísse justamente o perfil que te incomoda?

Sabe aquele comportamento sabotador que se acredita não desejar ter - como faltar na academia ou interromper a dieta; ou sempre atrasar em compromissos importantes; ou adoecer (com uma dor de cabeça repentina, ou uma alergia, por exemplo) justamente no momento em que iria a um evento que desejava muito ir - enfim, sabe esses comportamentos e situações que você acredita não desejar, mas que mantêm compulsivamente?

Tudo isso que você quer (consciente), mas acaba não fazendo; ou o que não quer, mas acaba fazendo, essas são decisões tomadas pelo seu incosciente e somente nele estão as razões que explicam isso, ou seja, há algo sobre você e sua história que precisa ser compreendido, para que você possa então decidir se vai continuar, ou não, agindo da mesma forma.

Toda repetição incompreendida pelo consciente é algo dirigido pelo inconsciente.

 

Outra forma do inconsciente "falar" é sobre seus medos, seus (pré)conceitos, seus incômodos, suas primeiras impressões, etc.

Sabe aquilo que mais te incomoda nas pessoas? Aquilo que te irrita muito, mesmo sendo algo supérfluo? É algo sobre você, que somente seu inconsciente sabe o motivo.

 

Sabe aquela pessoa que você acaba de conhecer e instantaneamente tem uma forte impressão (boa demais ou ruim demais) sem compreender como é possível em tão pouco tempo poder simpatizar ou antipatizar tanto com alguém que mal conhece?

É o seu inconsciente em concordância ou discordância com o inconsciente da pessoa em questão. Há alguma razão no seu inconsciente que justifica essa percepção. Não significa que essa primeira impressão esteja "certa" ou "errada"; apenas que o inconsciente identificou algo antes do consciente.

 

Há também outras maneiras simbólicas em que o inconsciente fala, sejam através dos sonhos enquanto dormimos; pelas manifestações artíticas; pelos atos falhos (quando dizemos algo "sem querer" em lugar do que o consciente pretendia dizer), etc., tudo isso são formas possíveis para o inconsciente enviar mensagens.

Como o inconsciente é "ouvido" na terapia psicanalítica? 

 

O psicanalista é treinado para compreender o que o paciente fala e especialmente o que "não fala", mas que está dito nas entrelinhas.

 

Desde o momento do contato e na forma como o paciente se implica na própria análise, a importância que dá ao tratamento e a si mesmo, a maneira que interage na sessão, o que diz e o que cala, o que aceita ouvir e o que nega, e tudo o mais, são formas do inconsciente enviar informações. O psicanalista sabe fazer tais leituras e interage com o paciente, oferecendo devolutivas - dentro das possibilidades do próprio paciente em aceitar olhar o que o psicanalista vê - e que podem ajudar o paciente a compreender o que ele mesmo diz, o que ele mesmo faz e o que antes ele ignorava em si mesmo.

 

Estamos acostumados a enxergar fora de nós (os outros), mas somos pouco incentivados a olhar para dentro de nós mesmos, para quem somos e porque somos. O psicanalista funciona como um "espelho" que nos permite enxergar o que não conseguimos ver sozinhos sobre nós mesmos. 

Por que é tão importante tentar compreender nosso inconsciente?

 

Para saber quem de fato somos, pois nem sempre somos quem acreditamos ser.

 

Quando nascemos, sentimos antes de pensar. Somos sensação e experimentação, através da interação com o mundo ao redor e as pessoas que nos cercam. Só então começamos a construir o pensamento, que se estrutura pelas experimentações e mais rapidamente pela linguagem, sendo esta última o fator da cultura que mais nos humaniza.

 

Passamos então a ser moldados pela cultura, dentro dos grupos em que fazemos parte: pais ou cuidadores, irmãos, familiares, amigos, escola, propaganda, regras e leis, etc. A cultura em geral e tudo que nos é dado ou imposto e nos transforma, mas também nos obriga a abdicar de algumas particularidades para tais adaptações.

 

Quando há um desacordo entre o que somos e o que acreditamos ser, só para nos "encaixar" em determinados grupos, ou quando há um sentimento que almeja algo, mas o pensamento acredita querer outra coisa, ou quando há um conflito entre o que queremos fazer e o que nos obrigamos a fazer de outra forma, só para sermos aceitos em sociedade, poderá instalar-se uma dor psíquica.

 

Entender seus conflitos e dúvidas, fazer escolhas conscientes e saber suas responsabilidades diante delas é um trabalho de amadurecimento e o autoconhecimento é o caminho, sendo a psicanálise uma espécie de mapa ou GPS para chegar em seu verdadeiro eu.

Qual o valor do tratamento psicanalítico?

 

O ofício de psicanalista exige muita dedicação e investimento em estudos, por muitos anos. A oferta deste serviço exige uma troca com o paciente e, na ética psicanalítica, o compromisso com a terapia também está ligado ao pagamento, que simboliza o comprometimento com o tratamento e o quanto se dispõe a investir por sua saúde mental.

 

Percebendo que estamos em acordo com a técnica de trabalho, e que o vínculo de confiança foi estabelecido, combinaremos o valor (que segue a média de mercado) e formas de pagamento possíveis. 

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